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Mais um curso, mais aprendizado e reflexão: a criança e a natureza


Em um estudo de dois dias, Gandhy Piorski nos guiou através da leitura de seu livro, esmiuçando os conceitos e reabrindo os caminhos que trilhou em sua pesquisa. O estudo trouxe reflexões profundas, potentes, transformadoras, uma busca pela aura expressiva das matérias que estão no mundo e as mensagens que os elementos (seres) emanam...

E assim, fomos com ele, afinando e desafinando, na composição de um arranjo que nos mobilizou a refletir sobre nossa própria práxis, sobre nossa “visão de mundo”.

Nós, educadores, precisamos de atitudes de escuta, de observação ativa e amorosa com o brincar da criança. O brincar e a brincadeira tem sua própria linguagem, que é a linguagem da imaginação, e nessa linguagem a criança busca encontrar um elo entre as matérias do brincar e sua própria complexidade, busca se expressar, dizer de si, SER. A imaginação traz um fluxo de imagens e símbolos que traduzem memórias da gênese da humanidade… Imagens que denotam conceitos fundamentais da interação do homem com a natureza, com as matérias primitivas. Interação física, gestual, com o corpo. O corpo é o elo entre as pulsões instintivas do indivíduo e o meio social e cultural em que está inserido. É com o corpo, pela sensorialidade (sensações dos órgãos) que o homem busca integrar-se, intimar-se com as matérias, a fim de se expressar.

Estudando junto com um grupo de pessoas comprometidas e com presença, buscamos entender a interação das crianças com o elemento terra: O que o elemento terra comunica? Quais os gestos que as matérias telúricas fazem ressoar nas crianças? O que o elemento terra acorda (ou faz adormecer) nelas?

Compreendemos que para além de um ambiente organizado, o espaço educativo precisa ser simpático, harmonioso e funcional, refletindo a forma como a própria natureza se apresenta. Quando atuamos no campo da imaginação da criança estamos mobilizando-as para a construção do ensejo vital, dos elementos genuínos que constroem campos de sentido, abrindo o sentido do viver. Não da doutrina, não da repetição.

Essas foram algumas reflexões que a imersão realizada pela @Fabulações nos dias 29 de fevereiro e 01 de março com @Gandhy Piorski trouxe para nós.

Foram dois dias de escuta ativa que estão ainda a nos transformar, criando um movimento de reflexão sobre nossas ações com as infâncias, o brincar e a natureza. Foram momentos de profunda conexão com nós mesmas e com nossas condutas perante o imaginário da infância.

E você: como se relaciona com a infância? E com a natureza? Como podemos ressignificar a brincadeira e a imaginação fora dos padrões do "treinamento para quando crescer"?

Com carinho,

Alejandra, Arlete e Carolina

Fotos: participantes da formação

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